A LINGUAGEM DAS BESTAS DE CORTÁZAR: PRODUÇÃO DE OUTRAS FORMAS DE NARRAR E DE VIVER

Fabio Ferreira Coutinho

Resumo


Este trabalho objetiva investigar a presença de animais na máquina ficcional de Julio Cortázar e sua relevância como uma das molas de construção e destruição do circuito narrativo desse escritor argentino. Com base nos estudos de Davi Arrigucci Jr. e Todorov, intenta-se validar a tese de que o reino animal de Cortázar, presente em Bestiário, funciona como combustível ficcional que, de modo ambíguo/ambivalente, desmonta engrenagens da narrativa e realiza a montagem de outros circuitos (im)possíveis da escrita ficcional. Em outras palavras, espera-se ratificar a tese de que os animais de Cortázar funcionam como operadores de uma nova realidade, de um outro mundo possível, tanto no plano das histórias narradas como no âmbito das técnicas e estratégias de produção de literatura.

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ISSN 2447-2409